Estudo ainda revela que mais de 50% dos idosos apresentam alguma perda dental e apenas 2% têm todos os dentes saudáveis
O resultado do último levantamento de saúde bucal feito em todo o Brasil, em 2010, avaliou 7619 idosos e constatou que o índice CPOD (Dentes Perdidos, Cariados e Obturados), que varia de 0 a 32 e, quanto maior, pior a condição de saúde bucal foi de 27,53 entre as pessoas de 65 a 74 anos.
“Desse total de idosos, 47,03% (3.583) haviam perdido todos os seus
dentes, 50,95% (3.882) apresentavam alguma perda dentária e apenas 2,02%
(154) apresentavam todos os dentes saudáveis na boca (sem cárie ou
restaurações)”, diz Eduardo Hebling, professor e coordenador do Curso de
Especialização em Odontogeriatria da FOP/UNICAMP.
Causas mais comuns
A causa desses índices tão alarmantes é bastante clara para Eduardo. “A maioria das pessoas adultas e idosas, atualmente, não tiveram acesso a medidas preventivas coletivas de cárie dentária como a fluoretação das águas de abastecimento público (introduzida em 1974), o uso de pastas fluoretadas (introduzido em 1984) e a filosofia de atendimento odontológico preventivo, com redução das extrações dentárias”, diz o especialista.
Segundo ele, quando a implementação dessas medidas aconteceram a
maioria dos idosos atuais já eram adultos e já apresentavam perdas
dentárias parciais ou totais.
“No passado, pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde, um
hábito cultural da população era de, ao menor sinal ou sintoma de
desconforto dentário, solicitar ao dentista a extração dos dentes”, diz
Eduardo.
Já a perda dentária tardia tem como principal causa a deficiência nos
hábitos de higienização dentária, seja pela baixa frequência, pela perda
de habilidade motora ou por défict cognitivo. Além disso, outra doença
que pode levar a perda dentária é a doença periodontal (processos
inflamatórios na gengiva).
Queda na qualidade de vida
Já é fato comprovado que a falta de um ou mais dentes pode ser mais prejudicial à saúde do idoso do que você imagina. “Elas podem levar a uma redução na capacidade mastigatória, no desenvolvimento de disfunções na articulação temporo-mandibular (podendo acarretar dores crônicas de cabeça e ouvido), na alteração das linhas de expressão da face (induzindo a uma aparência mais velha), em alterações da fala e da deglutição, na capacidade de nutrição e na socialização do indivíduo, com perdas de qualidade de vida notória”, diz o especialista.
Já é fato comprovado que a falta de um ou mais dentes pode ser mais prejudicial à saúde do idoso do que você imagina. “Elas podem levar a uma redução na capacidade mastigatória, no desenvolvimento de disfunções na articulação temporo-mandibular (podendo acarretar dores crônicas de cabeça e ouvido), na alteração das linhas de expressão da face (induzindo a uma aparência mais velha), em alterações da fala e da deglutição, na capacidade de nutrição e na socialização do indivíduo, com perdas de qualidade de vida notória”, diz o especialista.
Para a alegria dessas pessoas, hoje é possível corrigir a perda dental.
A substituição dos dentes perdidos através de próteses e implantes
permite restaurar e minimizar essas alterações decorrentes da perda
dentária, melhorando a qualidade de vida dessas pessoas.
Expectativa positiva
E a tendência é só melhorar. Segundo Eduardo, os especialistas esperam que as próximas gerações cheguem aos 60 anos com um sorriso mais bonito que o de seus avós.
E a tendência é só melhorar. Segundo Eduardo, os especialistas esperam que as próximas gerações cheguem aos 60 anos com um sorriso mais bonito que o de seus avós.
“Graças a aplicação de métodos preventivos coletivos e individuais
contra a cárie aplicados nos dias de hoje, a atual população jovem vai
conseguir manter mais dentes hígidos (sem cárie e sem restauração) na
boca quando forem mais velhos”, diz o especialista sempre lembrando que
os cuidados com a dieta e a
higienização bucal devem estar sempre em dia.